Reportagem Especial: Expectativa de crescimento do número de vagas de emprego para 2018

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(Ter, 30 Jan 2018 14:00:00)

REPÓRTER: A crise da economia brasileira nos últimos anos foi desanimadora para muitos setores.

Mas e para 2018?! Com expectativas mais positivas parece que já há motivos para comemorar. Isso porque dados apontam para uma pequena recuperação da economia com relação aos anos anteriores. Segundo o Relatório Focus, organizado pelo Banco Central do Brasil, a atividade econômica deve crescer 2,7% e a inflação ficará em média 3,96%.

Essas projeções são animadoras quando o assunto é desemprego. Segundo informações da Deloitte Consultoria Empresarial, 41% das grandes e médias empresas pretendem aumentar os quadros de empregados. Em 2016, o número era apenas de 26%.

Segundo o economista Clóvis Scherer do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o DIEESE, apesar da possibilidade de crescimento econômico, o índice de contratação ainda não será tão grande.

SONORA: Clóvis Scherer

“O mercado de trabalho sempre vai agir com uma certa defasagem em relação ao crescimento econômico. Primeiro a economia cresce, depois é que há a geração de mais empregos. Então não se pode esperar um desempenho da geração de empregos no Brasil em 2018 muito forte.”

REPÓRTER: Com relação às remunerações, o especialista afirma que é possível que haja um ganho real. Em 2017, os salários cresceram um pouco mais que a inflação, contrariando os dois anos anteriores, e isso parece ser uma tendência para este ano.

SONORA: Clóvis Scherer

“Esse movimento de certa recuperação de salários bastante tímida deve prosseguir, portanto dando um certo alento à situação econômica dos trabalhadores.”

REPÓRTER: E as melhorias já podem ser vistas por Deyvid Rhussel, consultor comercial que iniciou o ano de emprego novo após passar 7 meses desempregado.

SONORA: Deyvid Rhussel

“Foi um período complicado, porque as contas não esperam voltar o trabalho, então foi complicado. Não estava conseguindo emprego de forma alguma.”

REPÓRTER: Esse período não foi nem um pouco fácil. Isso porque a demanda era bem maior do que a oferta, como conta Deyvid.

SONORA: Deyvid Rhussel

“Poucas vagas. As vagas que tinha você não era chamado pra entrevista. Quando era chamado, eram trinta, quarenta pessoas por vaga…”

REPÓRTER: Ele conseguiu um emprego na área em que sempre trabalhou, o que nem sempre ocorre quando o mercado de trabalho não te dá opções.

SONORA: Deyvid Rhussel

“Quando eu sai do meu último emprego, eu tentei somente na minha área. Aí depois, quando vi que não estava sendo chamado para nenhuma entrevista… a área que surgisse eu iria entrar.”

REPÓRTER: Apesar desse clima de instabilidade, o que o trabalhador deve fazer é continuar de olho em novos modelos de negócio e não deixar de se profissionalizar. E uma vez aprovado, deve estar atento aos detalhes da contratação. A advogada trabalhista Ana Caroline de Oliveira explica.

SONORA: Ana Caroline de Oliveira

“O trabalhador deve tomar alguns cuidados. Deve se inteirar sobre os objetivos do contrato que vai assinar, compreender o que está escrito, e caso não entenda, consultar um advogado, não rasurar, não assinar folhas em branco, rubricar todas as folhas, conferir se as condições, os benefícios, a duração do contrato, o local de trabalho, o salário, bem como as responsabilidade, os direitos e as garantias são realmente o que foi acordado anteriormente com o empregador.”

REPÓRTER: E para assinar a Carteira de Trabalho existe um prazo para a empresa, como ressalta a advogada.

SONORA: Ana Caroline de Oliveira

“O prazo pra anotação na carteira de trabalho é de 48 horas e deve constar data de admissão, remuneração e as condições especiais de trabalho, se houver. A empresa que não respeitar esse prazo fica sujeita a uma multa no valor da metade do salário mínimo.”

Reportagem: Filliphi da Costa
Locução: Filliphi da Costa

 

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Fonte: TST

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